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31/10/2023ㅤ Publicado às 11:26

– 31/10/2023 –

Na semana que comemora o Dia Mundial das Cidades é oportuno refletir sobre elas. Uma cidade bem planejada deve ser pensada para as pessoas. E, as soluções para aumentar os índices de qualidade de vida no espaço urbano passam pela arquitetura social. Projetos arquitetônicos que privilegiam espaços multiusos e com acesso a serviços, comércio e lazer precisam ser mais valorizados.

O investimento em espaços urbanos convidativos e o estímulo ao uso das ruas, coloca as cidades em movimento e leva melhor qualidade de vida a seus moradores. Em bairros de alta densidade com uso misto, que concentra muitos moradores e uma grande variedade de serviços e comércio disponíveis, as pessoas conseguem realizar boa parte de suas atividades diárias a pé. E, apesar de ser exceção no país, é o que os urbanistas consideram ideal para melhorar a qualidade de vida nas cidades.

Cerca de 87% da população brasileira vive em cidades, segundo dados do último censo, e este percentual poderá chegar a mais de 90% em 2050, conforme prevê a ONU-Habitat.

Para solucionar uma série de desafios urbanos impostos pela intensa urbanização, grandes teóricos do Novo Urbanismo empenham esforços para a humanização das cidades. Jan Gehl, arquiteto e urbanista dinamarquês e um dos protagonistas dos debates das cidades voltadas para pessoas, afirma que uma cidade ideal deveria permitir e convidar as pessoas a ocupar e permanecer nos espaços públicos.

Além disso, a infraestrutura deve ser planejada para atrair ações coletivas, ampliando as atividades sociais e de lazer, assim como a sensação de segurança no espaço urbano. Há tendências para melhorar a qualidade de vida nos espaços urbanos:

Gentileza urbana: incentiva intervenções que transformam o espaço, incorporando elementos urbanísticos que contribuem para ampliar o convívio das pessoas de maneira atraente e segura;

Neuroarquitetura: é a ciência que estuda os impactos do ambiente nas pessoas. Tem a capacidade de auxiliar na criação de projetos estratégicos que influenciam positivamente no comportamento das pessoas;

Arquitetura da saúde: influencia de forma efetiva e comprovada no prolongamento da vida do indivíduo, e pode ser aplicada tanto em clínicas e hospitais quanto em espaços urbanos e ambientes domésticos;

Psicoarquitetura: determinadas características planejadas a partir da Psicoarquitetura são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança, fazendo com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até aumentando a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho;

Biofilia: o processo de urbanização promove uma forte desconexão com a natureza e o princípio da biofilia é reconectar os seres humanos com a natureza, promovendo conforto emocional. Estudos revelam a importância de incorporar as características da natureza na arquitetura dos empreendimentos, como água, vegetação, luz natural e outros elementos promovem saúde, bem-estar e sensação de relaxamento;

Arquitetura bioclimática: consiste no planejamento de empreendimentos, levando em consideração as condições climáticas para aproveitar os recursos disponíveis na natureza com intuito de minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético.

Fonte: Cidade Criativa

 

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